Reflexão…

Tenha um ótimo final de semana!!!

Corrupção…

 

Marco Antônio Villa

 

Luiz Hanns

Francisco: um Papa com química

Crônica publicada em português de Portugal.
Algumas notícias referem que o recém eleito Papa, Francisco, é técnico químico, outras que tem uma graduação e mestrado em química, outras, ainda, que é engenheiro químico. Analisando as notícias, em especial as do seu país de origem, a Argentina, a verdade parece ser que se formou numa escola técnica como técnico de química mas, aos 21 anos, resolveu seguir o apelo da fé e tornar-se sacerdote, tendo a sua vida tomado o rumo que o levou a Papa.

Pode ser que a formação em química de Jorge Bergoglio tenha influenciado a sua personalidade e modo de encarar o mundo, mas pode também ser o caminho normal de um jovem inteligente, filho de pais com recursos modestos. Só Francisco poderá indicar a importância que a química teve (ou tem) na sua vida. O que parece certo é que a sua eleição e atitude estão a gerar uma química (em sentido metafórico) muito favorável entre os católicos.

Embora não tenham grande relevância para a definição da sua personalidade e para a esperança que o mundo coloca em Francisco, estas notícias contraditórias espelham, infelizmente, a confusão que existe na actualidade entre química e engenharia química. Da mesma forma que não se confundem farmacêuticos, médicos e enfermeiros, embora todos estejam ligados à saúde, também não se devem confundir engenheiros químicos e químicos, embora ambos estejam ligados à química. De facto, estas duas áreas são bastante diferentes e tratam de assuntos relacionados mas não iguais, usando ferramentas muito diferentes. A química tem como tema a constituição, propriedades e transformação dos materiais ao nível das pequenas quantidades. Trata da análise e síntese de materiais que já existem, ou participa na  invenção de novos materiais (os químicos têm inventado muitos, por exemplo, novos medicamentos), quase sempre em pequenas quantidades.  A engenharia química é um ramo da engenharia que trata de produzir os materiais que já  existiam (ou foram inventados) em grandes quantidades optimizando e controlando os processos de produção industriais. Dito de outra forma, o químico preocupa-se em analisar e sintetizar os materiais e as moléculas enquanto o engenheiro químico se preocupa em produzi-los em larga escala. Claro que há químicos a fazer engenharia química e vice-versa, assim como há químicos e engenheiros que podem ser professores, mas não se devem confundir estas áreas da actividade humana sob pena de empobrecermos as duas: as actividades humanas e a química.

Nas notícias dizem também que Francisco, natural de Buenos Aires, gosta de futebol, música clássica e dos escritos de outro porteño, Jorge Luis Borges. Vem, por isso, a propósito referir alguns textos de Borges em que se cruzam fé, alquimia e química. Também estas não devem ser confundidas e Borges não o faz. A fé e a alquimia são do domínio do religioso e filosófico enquanto a química é do domínio da ciência e da técnica. Podem complementar-se mas não se excluem.

Há pelo menos dois contos de Borges em que a química aparece sob a forma de enunciados de conservação. O Livro de Areia é infinito e por isso não pode ser queimado porque criaria um fumo infinito que sufocaria a Terra. Também na Rosa de Paracelso aparece um enunciado químico de conservação, mas neste caso envolvendo também a alquimia e a fé. Trata-se de um conto que evoca, na minha opinião, uma das mais belas e profundas parábolas da Bíblia sobre a Fé e os milagres.

Um candidato a discípulo faz uma longa jornada para encontrar Paracelso. Vê os seus alambiques cheios de pó e as fornalhas apagadas. Pergunta pela rosa e Paracelso admoesta-o por ser crédulo. Exige fé ao candidato mas este espera provas. Paracelso diz-lhe que o milagre não lhe trará a Fé. Atirada a rosa ao fogo, o candidato vê apenas cinza. Afinal, segundo Paracelso, a rosa é eterna, só a sua forma muda. De facto, os átomos da rosa não desaparecem quando esta se decompõe ou arde, apenas mudam para outros arranjos moleculares, formando novas substâncias. O candidato a discípulo julga perceber e deixa de ser crédulo, mas continua sem Fé. E parte sem esperar pelo renascimento da rosa a partir das cinzas.

O Ferro e a vida

Crónica publicada em português de Portugal.

“A influência do elemento Ferro, agora, e mesmo antes de haver vida, é pelo menos tão importante como o ADN na história da própria vida”. Quem o afirmou foi o químico inglês Robert Williams num artigo publicado na revista Nature em 1990 [1].

De facto, o Ferro é elemento essencial para a produção de energia e bom estado de saúde, por exemplo, nos seres humanos. Todos sabemos que o Ferro presente na hemoglobina, existente nos glóbulos vermelhos, é essencial para o transporte de oxigênio a todas as células do nosso corpo.

A propósito, e numa outra perspectiva, diga-se que o uso do Ferro também influenciou a história da Humanidade.

Mas a importância do Ferro para a vida é muito anterior ao aparecimento desta no planeta Terra. Comecemos por identificar a origem dos átomos de Ferro no Universo.

A mais consensual teoria sobre a origem do Universo diz-nos que o Big Bang terá ocorrido há cerca de 13,8 mil milhões de anos. Os primeiros elementos atómicos a serem formados, algumas centenas de milhares de anos depois, foram o Hidrogénio (maioritariamente), o Hélio e algum Lítio. Muito depois, formaram-se as estrelas e a sua evolução levou à nucleossíntese de elementos mais pesados como o Carbono e o Oxigénio. Estima-se que 200 milhões de anos depois do Big Bang, o Universo terá entrado na “Era do Ferro”: as estrelas, atingindo um determinado estado nas suas “vidas”, começam a produzir ferro. Com o fim da vida destas estrelas, explodindo em supernovas, o Ferro, assim como muitos outros elementos, ter-se-ão espalhado pelo Universo em nebulosas. Algumas destas nebulosas terão dado origem a sistemas planetários.

Há cerca de 4,6 mil milhões de anos, ter-se-á formado o nosso Sistema Solar a partir de uma dessas nebulosas. E o Ferro terá sido fundamental para a formação planetária. No caso que nos interessa agora, refira-se que o Ferro é o elemento mais abundante no planeta Terra: é elemento maioritário dos núcleos internos e externos do centro da Terra, e é o quarto elemento mais abundante da crosta terrestre.

As propriedades magnéticas do Ferro estão na origem do campo magnético terrestre. Este campo é fundamental para proteger a Terra das partículas energéticas presentes no vento solar, assim como de outras radiações que, caso chegassem à superfície do planeta o tornariam muito pouco adequado para hospedar a vida tal qual a conhecemos. Podemos, assim e com alguma certeza, afirmar que sem a presença de Ferro não haveria vida na Terra.

Tanto quanto podemos saber hoje, as primeiras formas de vida na Terra, com vestígios fósseis conhecidos, já existiam há 3,6 mil milhões de anos. Nesta altura, a atmosfera terrestre era praticamente desprovida de Oxigénio. Curiosamente, esta atmosfera pobre em Oxigénio, associada a temperaturas de cerca de 100 graus Celsius e uma pressão inferior à actual, poderá ter permitido, segundo alguns autores, determinados ciclos de reacções químicas que produziriam energia utilizável para a síntese de substâncias hoje ditas orgânicas.

De acordo com o químico alemão Günter Wächtershäuser (1938 – ) e a sua teoria hipotética do “Mundo de Ferro-Enxofre” [2], esta química à volta de pirites de ferro, num ambiente consistido por chaminés hidrotermais nos fundos marinhos, terá estado na origem da primeira química da vida. Esta hipótese postula que uma primitiva forma de metabolismo antecedeu o aparecimento da genética na história da evolução das primeiras formas de vida unicelular.

Muito milhões de anos após, com o aumento de Oxigénio devido à actividade fotossintética de células conhecidas por cianobactérias, o Ferro, reagindo com o Oxigénio, tornou-se muito menos solúvel em água e óxidos de Ferro precipitaram-se nos fundos de lagos e mares. Isto teve um impacto na evolução da vida e na geologia do planeta. Mas estes são aspectos a desenvolver numa próxima crónica.

Referências:

[1] – R.J. Williams, Biomineralization: iron and the origin of life, Nature, 343 (1990) 213–214

[2] – G. Wächtershäuser, Evolution of the first metabolic cycles, PNAS, 87 (1990) 200–204

 António Piedade

Fonte: http://dererummundi.blogspot.com.br/search/label/qu%C3%ADmica

 

THC – Principal componente ativo da maconha

O THC (tetra-hidrocarbinol), composto da família dos fenóis, é o principal componente da planta da maconha, sendo responsável por seus efeitos alucinógenos.

Publicado por: Jennifer Rocha Vargas Fogaça em Curiosidades Químicas

THC é a sigla dada para a principal substância psicoativa encontrada na planta Cannabis sativa, ou seja, na maconha. Essa sigla vem do nome tetra-hidrocarbinol ou tetra-hidro-canabinol, mas o seu nome oficial, que segue as regras da IUPAC, é 6,6,9-trimetil-3-pentil-6H-dibenzo[b,d]piran-1-ol. A sua fórmula estrutural está representada abaixo. Veja que o THC possui o grupo fenol (hidroxila ligada a um anel aromático) em sua estrutura:

Molécula do tetra-hidrocarbinol (THC)

Ela é encontrada em todas as partes da planta, mas especialmente nas flores e resina das plantas fêmeas. Já a sua concentração em cada planta depende de vários fatores, tais como o tipo de solo, o clima, a época de colheita e assim por diante.

O THC foi isolado pela primeira vez em 1964 por Raphael Mechoulam, Yechiel Gaoni e Habib Edery, ao extraí-lo a partir do haxixe com éter de petróleo, seguido de repetidas cromatografias.

A maconha possui outros alucinógenos, mas o THC é o mais potente. Os efeitos da maconha devem-se praticamente a esse composto, pois o THC modifica a atividade cerebral da pessoa, fazendo com que ela tenha alucinações, delírios, diminua a sua percepção de tempo e espaço, além de poder levar a pessoa a ter acessos de ira e pânico.

O uso da maconha também faz com que a pessoa fique sem vontade de fazer mais nada, pode causar dependência, gerar vermelhidão nos olhos, boca seca, visão e audição distorcidas, sistema imunológico prejudicado; os batimentos cardíacos ficam acelerados, dando uma sensação de euforia, seguida de relaxamento e riso fácil. Também torna o homem infértil durante o seu uso e diminui a quantidade de testosterona produzida, que é o hormônio sexual responsável pelas características masculinas, tais como voz grossa, barba, músculos e produção de espermatozoides.

O THC permanece no sangue da pessoa por aproximadamente oito dias.Assim, se a pessoa usar maconha repetidamente em intervalos menores que esse, a concentração de THC no seu sangue irá aumentar, provocando efeitos mais intensos.

Algumas drogas, tais como o haxixe e o skank, são uma variedade da planta da maconha, porém, com uma concentração ainda maior do THC, ou seja, é uma maconha potencializada, causando efeitos muito mais prejudiciais. O haxixe é a resina que fica acumulada nas flores e folhas da planta, que é seco e transformado em bolotas ou tabletes para serem fumados ou mascados. Já o skank é uma  variedade da Cannabis sativa obtida por cruzamento e seleção natural, que contém 20 a 30% a mais de THC que a planta comum.

Amostras de maconha e haxixe
Amostras de maconha e haxixe

Mas o THC também é usado em determinados casos específicos por médicos, como no caso de diminuir as ânsias de vômitos e náuseas em pacientes de câncer que são submetidos a tratamentos por radiação e também no caso de pessoa com glaucoma, a fim de diminuir a pressão do globo ocular e evitar uma possível cegueira.

A maior doença da humanidade

Reflexão

Emocionante

Como sempre faço aos sábados, entro para o estúdio e vou ouvir música, cantar e tocar para relaxar. Hoje fui presenteado com essa apresentação da Aretha e gostaria de compartilhar. Fiquei emocionado com essa performance e sei que os amantes da música também ficarão.

Bom final de semana!

Música

Passo para deixar uma música para seu fim de sábado. Tenha um ótimo final de semana e não esqueça de VIVER!!!!

Como já dizia o grande Belchior: ” Viver e’ melhor que sonhar”

De malas prontas


Foto: pantokrator.org.br
Tenho e sempre tive a convicção de que esta vida aqui, é uma estação de uma longa viagem de origem e destino desconhecidos. Mas todas as vidas, a minha, a sua, a de todos, passam pelo mesmo caminho que leva ao crescimento humano e espiritual.
Tem quem queira prosseguir a viagem.
Tem quem queira passar voando pela estrada.
Tem quem queira interrompê-la abruptamente.
Tem quem passe alheio a tudo, até mesmo à vida.
Esse aí não vive na verdade…passa o tempo inteiro da viagem, sentado à beira do caminho.
Sem aprender, sem progredir…sem crescer.
Não viaja, nem vive… só sobrevive.
Para alguns a viagem é curta… nem chega a desembarcar, embarca de volta.
Para outros a viagem é looooonga!
Há quem leve na bagagem experiências ruins a aprende com elas.
Em outras bagagens, as experiências ruins se transformam em peso…
Pesam muito, viram mágoa e se transformam em doença.
Na minha bagagem, as experiências ruins, transformo em aprendizado. Isso as tornam leves.
Na minha estrada observo cada pedrinha do caminho.
O sol, a chuva, as folhas, as plantas, animais.
Sou feliz por viver, por respirar, andar, enxergar, poder falar, ter corpo perfeito, cérebro que funciona, mente que trabalha.
Observo especialmente o ser humano e suas diversas vestes.
Não as do corpo…por que são irrelevantes…Mas as da alma.
A veste da cultura pode encobrir uma personalidade bronca, rude, vazia, egoísta.
O ouro, a riqueza…podem encobrir a pobreza extrema do espírito
Em contrapartida, a veste da simplicidade pode encobrir um espírito de um estado de nobreza irretocável, sutil, de uma elevação indescritível.
Fim de ano é tempo de repensar.
Reavaliar o que foi feito durante um ano inteiro e sobre o que se pretende mudar.
Ano novo é hora de novos sonhos, novas autopropostas.
Não adianta sonhar, ter um réveillon maravilhoso, se não houver um réveillon íntimo.
Roupas não vão vestir nem o meu, nem o seu futuro.
Não importa se vou passar de branco, de prata, numa festa em família, vendo a queima de fogos…
com champanhe, num lugar chiquérrimo, na montanha, à beira da praia ou num barracãozinho.
Nem o cenário, nem o figurino são essenciais…são mero detalhes.
Não importa se vou virar o ano dormindo…
Só não posso dormir por mais um ano.
Fechar os olhos aos meus objetivos, ás minhas metas, ao meu melhoramento.
Se eu fizer isso, não será um ano novo.
Não será nada além de “mais um ano velho”.
Fecho o ano agradecendo. Agradecendo a chance de existir, de respirar, andar, enxergar.
Ter tido o privilégio de ser trazido a terra pelos meus anjos: pai e mãe.
Ter uma família especial, ter tido uma infância de sonhos e oportunidade de aprendizado de vida, de valor imensurável.
Oportunidade de ter saúde bastante para dar vida à outra vida. Oportunidade de trabalho, sob todos os ângulos.
Pela tentativa constante e incansável de manter mãos e coração limpos.
Pela presença de pessoas que me amam e a quem amo também.
E o presente de amigos “presentes”, os mais distantes, os de sempre e os que chegaram de surpresa.
Estou pronta para me revisar…me reavaliar.
Faça as malas você também… Deixe para traz o que você não conseguiu melhorar. Melhore-se, melhore a vida de quem puder…melhore o seu jeito de olhar e agir com o outro, com o mundo.
Siga em frente e boa viagem!

Autora – Magaly Reinaldo

Adsorver e absorver: qual a diferença?

Dicas rápidas…

Adsorver e absorver, quimicamente falando, são palavras que se diferem no comportamento frente a outras substâncias.

Adsorver: adesão (fixação) de moléculas de um fluido (o adsorvido) a uma superfície sólida (o adsorvente).

Absorver: recolher em si, aspirar, sorver, sugar, embeber-se de.

O ato de absorver refere-se à ação de recolher, por exemplo, uma esponja absorve água, mas o líquido sai facilmente quando ela é espremida, o que não ocorre com a adsorção.

Na adsorção, as moléculas ou íons de uma substância ficam retidos (fixados) na superfície de sólidos por interações químicas e físicas.

Um ótimo exemplo de substância adsorvente é o carvão ativado. Ele é usado nas Estações de Tratamento de Água (ETA’s) para retirar impurezas contaminantes como material orgânico, gases e partículas menores. A água, após passar pelos filtros de carvão ativado, sai límpida e sem cheiro. É mágica? Não.

A área de superfície do carvão ativado dá a ele vários lugares de ligação (poros). Quando certas substâncias químicas passam próximas da superfície do carvão, unem-se a ele e ficam aprisionadas. Dizemos que o carvão possui alta porosidade e por isso se torna um adsorvente.

Para fazer o teste da adsorbância do carvão, experimente colocá-lo na geladeira de sua casa. Sabe aquele cheirinho forte? O carvão se encarrega de adsorver todos os odores e a geladeira passará a não ter cheiro algum.

Podemos perceber então que as palavras adsorver e absorver são parecidas apenas na escrita, pois equivalem a processos bem diferentes.

Por Líria Alves De Souza